quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien

O Senhor dos Anéis está na lista dos livros que eu mais gosto. E está entre os primeiros. Ou melhor, entre os três primeiros. Esse não é um livro que eu gostei de ler, é um livro que eu gosto de ler, no presente. Bom, então, vamos lá.
Pra quem não gosta de fantasia, O Senhor dos Anéis pode ser muito chato, pois é um romance extenso, dividido em três volumes. A narrativa é bem descritiva e isso é cansativo para quem não está acostumado à leitura. Porém, na opinião do Cara Comum, esse é um dos maiores trunfos do autor, pois faz com que o leitor seja transportado para dentro da história. E, em um romance no qual o universo fantástico tem um papel essencial, fazer com o que o leitor vivencie cada detalhe dessa realidade, só aumenta o prazer da leitura. Sabe aquele tipo de romance que no final você fica com saudade dos personagens? Pois é, O Senhor dos Anéis é assim. O leitor vai criando um vínculo com cada personagem, enquanto vai acompanhando de perto a sua jornada fantástica rumo ao desconhecido (pqp... que clichê!!!!!).
Em O Senhor dos Anéis, a criatividade de Tolkien foi exercitada ao máximo, não obstante ele ter, em grande parte, condensado diversas mitologias europeias para gerar a sua própria em seu mundo. É muito interessante a riqueza desse mundo, com toda a sua diversidade de idiomas, povos, costumes etc. É incrível pensar que tudo aquilo saiu da cabeça de apenas uma pessoa. Cada povo tem sua língua, suas características próprias, e, durante a leitura, a imaginação do leitor voa para tentar criar na mente as imagens descritas pelo autor. Na opinião do Cara Comum, o filme é legal, mas não chega perto da grandeza do livro.
Tolkien nasceu no finalzinho do século XIX e era um linguista, por isso, seus personagens dialogam de maneira eloquente e existe todo um código de amizade e companheirismo que, hoje em dia, soa meio gay para os desavisados que se importam com isso. (é cada uma, né não?) Porém, deve-se levar em consideração que Tolkien também foi um soldado, lutou na Primeira Guerra Mundial, sobreviveu a batalhas sangrentas, e, segundo estudos não recentes, escreveu uma parte do livro durante a Segunda Guerra Mundial. Os entendidos dizem que os soldados criam um grande senso de amizade nas trincheiras, afinal, eles estão, lado a lado, em uma luta de vida ou morte, um apoiando o outro, salvado o outro etc. e tal. E isso transparece durante toda a história, enquanto os membros da irmandade vão criando um forte vínculo, abalado apenas em alguns momentos pelo poder negativo que o anel exerce nas pessoas.
Claro que existem os que não gostam. Afinal, O Senhor dos Anéis não pode ser considerado um romance sério, é de fantasia, não pode ser um livro adulto, é juvenil, é de nerd e blablablabla... Sinceramente? Eu gosto muito, é um dos romances mais divertidos, envolventes, emocionantes que eu já li, e se alguém não gosta, eu estou aqui como burro em parada. Cagando e andando. Pro Cara Comum, O Senhor dos Anéis é entretenimento de primeiríssima categoria.

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